sexta-feira, 15 de março de 2013

Aquele caso


"Mas, teve aquele caso que o menino tava todo errado, atravessando a faixa com o semáforo aberto..."
Pronto! Aquele caso virou agora um ponto de referência, lascou. Toda vez que um ciclista for atropelado vão lembrar daquele caso, daquela vez que o cara passou um semáforo e foi arremessado a 20 metros de distância.

Uma pena que só querem crucificar quem nunca teve educação para o trânsito, quem nunca teve uma orientação, quem tem um semáforo que passa 5 minutos fechado para si. Que pena que querem colocar a culpa de um anulando a culpa do outro.

Pena que não vêem que o que mais está se falando por aqui não é a culpa de ninguém, e sim o absurdo de que tenhamos que conviver com velocidades dessas debaixo de nossas fuças. Velocidades muitas vezes legais, porém incompatíveis com a vida em comunidade e com a alta densidade populacional.

Não vêem o perigo e as consequências dessas velocidade, da possibilidade de crianças correndo dos braços das mães e motoristas sem conseguir frear suas máquinas de ferro. Toneladas de ferro levam tempo para frear, e por isso tem-se que reduzir as velocidades máximas ao máximo, para quando um erro de um ou de outro ou de ambos ocorrer não se tornarem mais um d'AQUELES CASOS.

Daniel Valença

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